Selic cai para 2,25% ao ano em 17/06/2020. Renda Fixa agora perde para a inflação.

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Ao menos, peça ajuda a quem já sabe.

Recentemente, uma amiga, quando soube que eu dava dicas sobre investimentos e vida financeira, comentou que não sabia muito bem como investir suas economias e que, por isso, apenas deixava o dinheiro num dos fundos de Renda Fixa do mesmo banco onde recebia seu salário. Tudo que tinha guardado – e não era uma quantia pequena – estava nesse fundo. Ela não tinha ideia de que investimentos na Renda Fixa perdem para a inflação.

Ao ouvir isso, é espontâneo, para mim, pensar em quanto essa pessoa está perdendo de rendimentos que podem fazer diferença no seu conforto e em quanto eu posso ajudá-la com uma simples conversa e aconselhamento para alocar melhor seus investimentos de acordo com o objetivo (ou “objetivos”) que tenha para seu futuro (seja para um futuro distante, ou mesmo para os próximos meses).

Ocupados com nossas atribuições diárias, entendo que é natural investirmos assim, da maneira mais prática, escolhendo dentre as opções oferecidas pelo banco onde já está nosso dinheiro, vindo do salário mensal. Afinal, abrir conta em outras instituições iria dar trabalho e controlar saldos e extratos de vários bancos, mais ainda. Eu também agia assim, no início de minha vida profissional.

A Renda Fixa agora perde para a Inflação!

Ora, esse comodismo mantido ano após ano, por longo tempo, nos faz perder dinheiro. Ou, se você preferir, “deixar de ganhar”. E acredite, essa diferença “faz diferença”! Em especial agora (atualizado em 17/06/2020), em que os juros básicos da economia brasileira – a chamada Taxa Selic – estão em seu nível mais baixo da história: 2,25% ao ano!

Isso equivale a um rendimento bruto de 0,186% ao mês, o mesmo que ter um rendimento de R$ 1,86/mês a cada R$ 1.000,00 investidos. Desse valor, ainda será deduzido o Imposto de Renda, conforme o prazo em que o dinheiro ficar investido. A maioria dos fundos de investimento em Renda Fixa de bancos, por terem também uma taxa de administração a ser descontada, dificilmente conseguem chegar sequer nesse rendimento. Portanto, viver de renda agora está mais difícil.

Note que a inflação brasileira, acumulada nos últimos 12 meses (até abril/2020), medida pelo índice oficial IPCA, ficou em 2,4%, isto é, já superior a essa nova Selic. Se seus investimentos renderem 2,25% bruto num ano, ou seja, SE renderem 100% do CDI (uma outra taxa baseada na taxa Selic), isso vai significar um rendimento de 1,856% na sua mão, após um Imposto de Renda de 17,5% (referente a um investimento que supere 360 dias). Ou seja, nesse exemplo, você teria perdido poder de compra de suas economias! Você compraria menos com o mesmo dinheiro guardado durante um ano! Novamente, para comparação, é o mesmo que aplicar R$ 1 mil e, depois de um ano, resgatar R$ 1.018,56, já descontado o IR.

Não deixe de diversificar seus investimentos

Essa nova realidade deve perdurar por um bom tempo! Se quiser ver seu dinheiro render, você agora se verá impelido a distribuir seus investimentos entre novos produtos. É necessário aprender – ou aconselhar-se com quem você confie – sobre novas formas de investir suas economias.

Mesmo que você considere que seu perfil de risco é conservador e que, por isso, não queira arriscar suas economias em investimentos mais arrojados, com um pouco de conhecimento sobre o mercado financeiro brasileiro, é possível melhorar a rentabilidade média de sua carteira de investimentos, sem que a preocupação com eles lhe tire o sono.

Graças aos estudos e ensinamentos de especialistas, pode-se fazer um balanceamento de uma carteira de investimento, mantendo-a com um nível de risco aceitável, mas melhorando bastante o seu rendimento no médio ou longo prazo.

Apenas para você ter uma ideia de como se daria isso, imagine que pode colocar 80% de seus investimentos em fundos de Renda Fixa, seguros e sem taxa de administração, que investem em títulos pós-fixados do Tesouro Direto, mantendo assim um bom “colchão de segurança”. Os restantes 20%, você colocaria em investimentos um pouco mais arrojados (respeitando sua tolerância ao risco), o que geraria um acréscimo de rentabilidade que, no médio prazo faria uma grande diferença no montante que você conseguirá acumular e na renda mensal que terá no futuro. Se seus planos forem de longo prazo, como para proporcionar um complemento de renda na aposentadoria, melhor ainda! Quanto mais prazo tiver, maior a diferença que você pode obter. Portanto, não deixe de diversificar seus investimentos.

“Cada macaco no seu galho!”

Para conseguir isso, não tenha receio de pedir ajuda para profissionais preparados. Assim como a maioria de nós não ousa cortar o próprio cabelo ou o cabelo dos nossos familiares, por uma questão de habilidades, também na hora de cuidar das suas finanças vale muito a pena consultar um Planejador Financeiro ou um consultor. Esses profissionais têm formação em diversas áreas afetas à vida financeira das famílias e estão atualizados em relação ao mercado financeiro do país. Podem, portanto, te ajudar a ganhar muito mais em retorno financeiro e tranquilidade, o que, com certeza, compensará a contratação do serviço.

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